Jejum Intermitente: Benefícios e Cuidados para a Saúde
- Redação Zênite
- 21 de nov. de 2023
- 5 min de leitura

O jejum intermitente tem ganhado cada vez mais popularidade como uma estratégia para perda de peso e melhora da saúde. Mas afinal, o jejum intermitente é saudável? Quais são os benefícios desse processo ao longo do tempo? Neste artigo, vamos explorar os diferentes tipos de jejum intermitente, seus benefícios para o corpo, os cuidados necessários e se essa prática é adequada para todos.
O que é o jejum intermitente?
O jejum intermitente é uma prática alimentar que alterna entre momentos de jejum e janelas de alimentação. Existem diferentes métodos de jejum intermitente, variando de acordo com a periodicidade e duração dos períodos de jejum e das janelas de alimentação. Alguns dos métodos mais comuns são:
Método 16/8: jejuns diários de aproximadamente 16 horas com uma janela de alimentação de 8 horas.
Método 12/12: jejum por 12 horas, seguido por uma janela de alimentação de 12 horas.
Método 20/4: jejum por 20 horas, seguido por uma janela de alimentação de 4 horas.
Dieta 5:2: ingestão normal de alimentos durante cinco dias da semana e restrição calórica durante dois dias da semana.
Método Coma-Pare-Coma: jejum completo de um ou dois dias da semana, seguido por uma refeição e retomada do jejum até o mesmo horário no dia seguinte.
Benefícios de um jejum intermitente bem realizado
Um jejum intermitente bem realizado pode trazer diversos benefícios para o corpo ao longo do tempo. Alguns desses benefícios incluem:
Utilização da gordura como substrato energético: o jejum intermitente estimula o corpo a utilizar a gordura como fonte de energia, o que pode contribuir para o emagrecimento e ganho de massa magra.
Aumento da autofagia: o jejum intermitente estimula a destruição de células mortas, promovendo uma renovação celular.
Aumento da biogênese mitocondrial: esse processo acelera o metabolismo e contribui para o emagrecimento.
Melhora da sensibilidade à insulina: o jejum intermitente pode ajudar no controle da curva glicêmica e reduzir os riscos de desenvolver diabetes.
Controle da pressão arterial: o jejum intermitente pode reduzir os quadros de hipertensão, contribuindo para o controle da pressão arterial.
É importante ressaltar que antes de iniciar o jejum intermitente, é fundamental que o indivíduo já tenha hábitos alimentares saudáveis. Em termos de emagrecimento, não há grande diferença nos resultados entre um jejum intermitente realizado corretamente e uma dieta balanceada com déficit calórico, sem períodos de jejum.
Cuidados e malefícios de um jejum mal realizado
Embora o jejum intermitente possa trazer benefícios, é importante tomar alguns cuidados e evitar uma má execução dessa prática. Um jejum intermitente mal realizado pode causar uma série de complicações e ser prejudicial à saúde. Alguns dos possíveis efeitos colaterais de um jejum mal realizado incluem:
Hipoglicemia: a falta de alimentação durante o jejum pode levar à redução dos níveis de glicose no sangue.
Anemia ou fraqueza: a restrição alimentar pode levar à deficiência de nutrientes essenciais, como ferro, causando anemia e fraqueza.
Disfunção cognitiva: a falta de nutrientes pode afetar o funcionamento cognitivo, prejudicando a concentração e a memória.
Desidratação: a ingestão inadequada de líquidos durante o jejum pode levar à desidratação.
Compulsão alimentar: períodos prolongados de jejum podem aumentar o risco de compulsão alimentar e comer em excesso.
Mau hálito: a falta de alimentos durante o jejum pode causar mau hálito.
Baixa imunidade: a restrição alimentar pode levar à redução da imunidade, deixando o organismo mais suscetível a infecções.
Redução da massa muscular: o jejum prolongado pode levar à perda de massa muscular.
Tonturas e dores de cabeça: a falta de alimentação durante o jejum pode causar tonturas e dores de cabeça.
Constipação: a falta de fibras alimentares durante o jejum pode causar constipação.
Queda de cabelo: a restrição alimentar pode levar à deficiência de nutrientes importantes para a saúde capilar.
Ansiedade e irritação: períodos prolongados de jejum podem causar ansiedade e irritação.
Embora não haja evidências de que o jejum intermitente seja perigoso ou possa causar danos à saúde, é importante ressaltar que a prática deve ser acompanhada preferencialmente por um médico nutrólogo e um nutricionista. O acompanhamento profissional é fundamental para evitar efeitos colaterais indesejados e garantir que o jejum seja realizado de maneira adequada.
O que acontece no corpo durante o jejum intermitente?
Durante o jejum intermitente, o corpo passa por diversas mudanças fisiológicas que podem trazer benefícios para a saúde. Alguns dos principais processos que ocorrem durante o jejum intermitente incluem:
Cetose: durante o jejum, o corpo entra em um estado de cetose, onde o fígado converte os estoques de gordura em corpos cetônicos, que são utilizados como fonte de energia.
Lipólise: o jejum estimula a lipólise, um processo em que a gordura é quebrada e utilizada como energia, contribuindo para o emagrecimento.
Perda de peso e diminuição da gordura visceral: o jejum intermitente pode levar à perda de peso corporal e diminuição da gordura visceral, que está associada a diversos problemas de saúde.
Melhora na sensibilidade à insulina: o jejum intermitente pode melhorar a sensibilidade do corpo à insulina, auxiliando no controle da glicemia e reduzindo os riscos de desenvolver diabetes.
Maior disposição e alerta: o jejum intermitente estimula a secreção de adrenalina e do sistema nervoso simpático, aumentando a disposição e o estado de alerta.
Regulação dos níveis de glicose: o jejum intermitente estimula a secreção de insulina, ajudando a estabilizar os níveis de glicose no sangue.
Melhora do perfil lipídico: o jejum intermitente pode levar a uma melhora nos níveis de colesterol LDL, conhecido como "colesterol ruim".
Controle da pressão arterial: o jejum intermitente pode ajudar a reduzir a pressão arterial, contribuindo para a prevenção de doenças cardiovasculares.
Redução de radicais livres: o jejum intermitente pode aumentar a tolerância do organismo aos radicais livres, reduzindo o estresse oxidativo e a inflamação.
Aumento do hormônio do crescimento: o jejum intermitente pode estimular a secreção do hormônio do crescimento, contribuindo para o ganho de massa muscular e aumento da disposição.
É importante ressaltar que o jejum intermitente não é adequado para todos e deve ser prescrito de forma individualizada. Pessoas com hábitos alimentares saudáveis e sem compulsão alimentar tendem a se adaptar melhor ao jejum intermitente. Antes de iniciar essa prática, é fundamental buscar orientação médica e nutricional para garantir que o jejum seja realizado de maneira segura e eficaz.
Conclusão
O jejum intermitente pode trazer diversos benefícios para a saúde, incluindo perda de peso, melhora do perfil lipídico, controle da glicemia e redução da pressão arterial. No entanto, é fundamental tomar cuidados e evitar uma má execução do jejum, que pode levar a complicações e efeitos colaterais indesejados. É importante ressaltar que o jejum intermitente não é adequado para todos e deve ser acompanhado por profissionais de saúde. Antes de iniciar essa prática, é fundamental buscar orientação médica e nutricional para garantir que o jejum seja realizado de maneira segura e eficaz.
Lembre-se que cada indivíduo é único e o que funciona para uma pessoa pode não funcionar para outra. A Clínica Zênite, do Dr. Willian Rafael, especializado em nutrologia, pode ajudar a entender quais dietas são adequadas para o seu corpo a partir de seus objetivos. Cuide da sua saúde de forma responsável e sempre busque o acompanhamento de profissionais qualificados.
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